- Vamos, venha comigo, não há o que temer.
O silêncio ainda se estampava naquela face gélida, porém tão convidativa, cativante me arrisco descrever.
- Prometo que não te deixarei sozinha, estarei sempre ao seu lado, acredite! Agora venha, levante desse chão e junte suas roupas. Mais uma vez a mesma cena se repetiu. Decidido a não desistir ele disse:
- Será que não entende? só existem eu você neste quarto, mais só um de nós pode mudar a cena! Eu posso tentar te convencer mas no final sempre te sigo, seja qual for sua decisão.
Quase em desespero ele resolveu partir para o tratamento de choque e a esbofeteou. Sentiu uma pequena pontada nos dedos e então foi a última sensação...sumiu em cacos pelo chão do quarto.
A mesma face gélida se encontrava um pouquinho menos cativante e mais gélida ainda, então quando finalmente se levantou, disse para os cacos:
- Tudo bem...você venceu, vou me levantar com você. E então juntou os juntou e os colou novamente na parede.